01 parágrafo
Imagine essa situação fora de um filme de luta: no bar mais próximo um ébrio qualquer inicia uma pequena briga que eventualmente escala passando a envolver outros bêbados, mulheres gritando, cadeiras voando, etc. Você pararia para ver? E se um evento parecido ocorresse entre dois lutadores se enfrentando ferozmente em uma praça. Você assistiria? A resposta é sim, mesmo que por um breve momento. E isso ocorre porque seja em uma grande cena de luta ou inofensiva briga um embate entre duas ou mais pessoas é sempre uma oportunidade de entretenimento; basta ver como os empresários do setor sejam eles cineastas, promotores de boxe ou a equipe do apresentador Ratinho escolhem cuidadosamente os participantes de seus shows para que os conflitos entre eles aconteçam. Desta forma se torna bastante perceptível que neste segmento o verdadeiro desafio não é a geraração de interesse por parte da platéia, visto que este brota espontaneamente, mas sim lograr uma retratação formal do embate que mantenha viva aquela chama original.
Vale lembrar que confrontos na lama entre musas de biquíni não contam como cenas de luta.
02 parágrafos
Existe alguma similaridade entre os combates revolucionários de um filme como 300 (300 – Zack Snyder/2006) e clássicos lançados pelos estúdios Shaw Brothers tais quais O Espadachim de um Braço Só (One-Armed Swordsman – Chang Cheh/1967) realizados no remoto ano de 1967? Novamente a resposta é sim, ambos possuem em suas bases os mesmos mecanismos formais que evoluíram para as estruturas representativas que conhecemos hoje em dia. E não é para menos: independente do ano, como veremos, um corte, coreografia, sequência improvisada ou mesmo de ação continuada continuam desempenhando funções análogas às que cumpriam seus úteros em datas ainda mais longínquas. Neste sentido, existe um manual que sistematize todas estas metodologtias e as coloque a disposição de todos aqueles que desejam conceber uma boa cena de luta nos dias atuais?
Esses 5 filmes tem tantas semelhanças quanto o pênis e as unhas (que crescem igualmente nas mãos).
Esta foi a conjuntura que motivou o desenvolvimento do DesignBook “Hong Kong America: Teoria e Prática das Cenas de Luta”. Trata-se de um título que engloba uma teoria geral das cenas de luta desvendando sua linha evolutiva através de vários filmes de ação lançados a partir de 1915 no hemisfério ociental segundo uma mostra proposta pelos curadores Philipe Ratton e Dayanne Naêssa em 2016, e oriental desde 1928 com base nos documentários dirigidos por Ian Taylor em 2003 entre outras obras. O trabalho disseca diligentemente as batalhas dos títulos referidos sistematizando os elementos que empregam com a finalidade de compor uma teoria aplicada de suas técnicas suficientemente clara para permitir repetições/desconstruções planejadas dos resultados originais. Hong Kong America: Teoria e Prática das Cenas de Luta, ainda organiza seu conteúdo sob uma perspectiva cronológica que aponta tanto as ferramentas analisadas quanto suas respectivas preceptoras e fatores evolutivos que propiciaram tal aperfeiçoamento. Neste sentido você vai se impressionar ao descobrir que autênticos westerns spaghetti tais quais Três Homens em Conflito (The Good, the Bad and the Ugly – Sergio Leone/1966) e filmes hollywoodianos como Velozes e Furiosos (The Fast and the Furious – Rob Cohen/2001) são primos distantes do clássico das artes marciais que apresentou o Kung Fu ao ocidente e lançou o primeiro integrante do triunvirato que revolucionaria o método de produção de cenas de luta no cinema contemporâneo: Bruce Lee.
A capa do Livro está em produção, até lá fiquem com esse belíssimo trailer.
Se você também é um aficionado por cinema de luta, então prepare-se para este verdadeiro manual sobre como as escolas de cinema Americana e Honconguesa moldaram a estética dos combates no cinema moderno através de técnicas compositivas inspiradas nas dos maiores diretores de ação nascidos nos hemisférios oriental e ociedental! Hong Kong America: Teoria e Prática das Cenas de Luta se econtra em produção com estimativa de lançamento para o meados de 2029. Siga nossas redes sociais para companhar atualizações sobre este e diversos outros grandes títulos e até o lançamento!
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Admirador de microeconomia e cinema independente. Porque não existe nada mais relaxante do que conteúdo de gosto duvidoso e um bom seminário econômico.
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